Entenda de uma vez a diferença entre seguro de vida e previdência privada
O futuro é repleto de incertezas para qualquer pessoa, visto que a vida passa por constantes mudanças e, a maioria delas, inesperadas. No entanto, é preciso pensar em médio e longo prazo, como uma das formas de estar menos vulnerável aos acontecimentos, e a contratação de seguro de vida e previdência privada é uma medida que merece a sua atenção.
Embora a finalidade seja parecida, há diferenças entre ambos, que podem ser úteis em situações distintas e diversas. Além disso, é possível contratar os dois produtos, para que um complemente o outro. Para quem não pode fazê-lo, é fundamental conhecer as alteridades para escolher aquele mais adequado aos seus anseios.
Continue a sua leitura e entenda de uma vez quais são as distinções entre seguro de vida e previdência privada. Confira!
A função do seguro de vida e previdência privada
Como já mencionado, o intuito de quem pesquisa e contrata ambos é semelhante, mas são produtos financeiros com finalidades específicas. Entenda para que servem!
Seguro de vida
Uma apólice é um documento que protege o segurado, que a contrata, contra riscos futuros e incertos. Ou nem tão incertos assim, como é o caso da morte, algo inevitável para qualquer pessoa.
No entanto, também há coberturas contra acidentes pessoais e doenças, que causem a invalidez total, parcial ou permanente, provocadas por qualquer um desses casos. A renda do segurado não sofrerá impactos que possam prejudicar sua subsistência, e ele também contará com o suporte para arcar com os custos do tratamento médico, por exemplo.
No caso da morte do segurado, os projetos familiares também poderão continuar a ser executados, como os estudos dos filhos. O óbito do provedor pode gerar diversos infortúnios em um primeiro momento, além do inevitável luto. Contar com uma indenização para esse caso ajuda a família a reestruturar-se e seguir em frente, o que é bastante desejável.
A invalidez do segurado também deve ser considerada, pois diversos problemas de saúde se tornam comuns com o avanço da idade, como doenças cardíacas, câncer e AVC.
É importante apontar que o seguro cobre apenas os eventos danosos que constam da apólice, e isso requer a atenção do contratante para que não haja surpresas. Uma apólice que cobre apenas doenças não cobrirá acidentes pessoais. Da mesma forma, uma cobertura contra acidentes não abrange doenças.
Isso já foi levado à apreciação do Poder Judiciário brasileiro, em relação ao AVC (acidente vascular cerebral), que, na ocasião, foi considerado uma doença, apesar de o nome sugerir o contrário.
O seguro de vida também oferece opções para ampliar a cobertura de morte e acidentes para o cônjuge e possibilita a assistência funeral, o que torna um momento doloroso um pouco menos difícil, ao diminuir a burocracia enfrentada pela família em uma situação tão delicada.
Previdência privada
Em um momento de intensa discussão em razão das mudanças na previdência social, um dos efeitos é o aumento da curiosidade e do interesse pelos planos de previdência privada.
Ela funciona como uma aplicação financeira, que pode ser usada como substituta ou como complemento à previdência social, sendo o último caso mais comum. Dessa forma, o contratante terá um incremento em sua renda, visto que, às vezes, é construído um padrão de vida que não seria possível manter apenas com os proventos pagos pelo INSS.
É ainda mais importante para empresários e sócios ou associados a empresas, pois, geralmente, a remuneração dessas pessoas tem por base o salário mínimo e complementa-se com a divisão dos lucros, que proporciona uma economia fiscal e um aumento da renda. Porém, isso também faz com que a contribuição, por ser mínima, gere uma renda igualmente baixa no momento da aposentadoria pela previdência social.
Com as incertezas e os riscos relacionados a qualquer tipo de empreendimento, contar com tal proteção é indispensável para garantir um futuro mais próspero para si e para a sua família.
Vale apontar que a contratação de um plano de previdência privada exige disciplina do contratante para o pagamento das parcelas, que é feito em longo prazo. São justamente tais aplicações que farão com que o montante represente valores capazes de garantir uma renda compatível com as suas expectativas após a aposentadoria.
Não há, como na previdência social, a solidariedade entre contratantes. Toda aplicação feita será revertida em proveito próprio.
Também é importante apontar que a previdência privada não é direcionada apenas para planos de aposentadoria, pois alguns produtos permitem que o contratante acumule recursos suficientes para pagar os estudos dos filhos, ou mesmo gerar uma reserva financeira a ser usada por eles, que poderá ser empregada para comprar a casa própria, por exemplo. São casos em que a previdência privada se assemelha ainda mais ao seguro de vida, pois os beneficiários são os descendentes do contratante.
A tributação sobre previdência privada e seguro de vida
É um ponto importante para a ponderação, visto que os valores tributados diminuem o proveito do contratante. Como a previdência privada pode ser considerada um investimento em sentido estrito, incide tributação sobre ela, que pode ser maior ou menor de acordo com o plano contratado.
No PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), é possível abater 12% da renda anual no imposto de renda, mas o montante final será tributado no resgate ou nos pagamentos mensais. Já o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) não possibilita abatimento no imposto de renda, mas, no momento do saque ou do pagamento das parcelas, serão tributados apenas os rendimentos, e não o valor total.
Em relação ao seguro de vida, que não é um investimento em sentido estrito e, sim, uma forma de blindagem patrimonial, não incide tributação. Mesmo na transmissão da herança, ele é livre de tributos e também é impenhorável, o que não acontece com a previdência privada.
Visto que os benefícios são distintos, o ideal é que ambos sejam contratados, e não há qualquer objeção quanto a isso. Os dois apresentam mais prós do que contras e são suficientes para garantir a finalidade almejada, que é eliminar a vulnerabilidade do contratante quanto a imprevistos.
Agora que você conhece as diferenças entre seguro de vida e previdência privada, aproveite para compartilhar este blogpost em suas redes sociais! Com certeza, ele será bastante útil também para os seus contatos!