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Saiba agora mesmo como garantir a segurança na produção de soja

Seguro agrícola
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A agricultura é uma das atividades econômicas de maior exposição ao risco e, por consequência, de maior possibilidade de perdas produtivas e financeiras. De fato, uma analogia muito utilizada descreve a atividade agrícola como uma ilha cercada de riscos por todos os lados.

Tais riscos, quando materializados, podem impactar negativamente a produtividade da lavoura e, consequentemente, a rentabilidade do produtor rural. A produção de soja, por exemplo, pode ser afetada por problemas operacionais, deficiências estruturais e logísticas ou eventos climáticos adversos.

É fundamental, desse modo, que o produtor conte com estratégias ou soluções para a diminuição desses riscos. Por isso, a seguir, apresentaremos algumas dicas de como garantir a segurança na produção de soja. Confira!

Invista em seguros

Imprevistos podem acontecer a qualquer momento, com qualquer pessoa. Com as atividades econômicas, não é diferente, pois eventos adversos podem afetar de modo significativo os seus resultados. Assim como fazemos para proteger nosso patrimônio pessoal, o investimento em seguros pode ser o diferencial entre o sucesso e o fracasso de um negócio.

A produção de soja, por se tratar de uma atividade diretamente dependente da natureza, tem uma exposição ao risco ainda mais elevada do que a média observada para as demais atividades econômicas. Incêndios e eventos climáticos adversos, como secas, geadas e queda de granizo, têm a capacidade de diminuir drasticamente a produtividade da lavoura.

Para nos precavermos, salvaguardando nossos rendimentos na ocorrência de algum imprevisto na lavoura, é importante investir em seguros rurais. Além do seguro agrícola, que garante uma produtividade mínima da soja, podemos também contratar o seguro de tratores e equipamentos ou, ainda, o seguro de propriedade rural, que tem uma maior abrangência.

Realize estudos climáticos

A ocorrência de eventos climáticos adversos é um dos maiores riscos enfrentados pelos produtores rurais brasileiros, independentemente da cultura produzida. Assim, ao compreendermos o clima da região em que se localiza a propriedade rural, podemos adaptar a produção agrícola às condições climáticas específicas, minimizando a possibilidade de perdas.

Uma estratégia fundamental, nesse caso, é respeitarmos o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). Elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), esse instrumento de gestão de riscos identifica, para cada município brasileiro, a melhor época de plantio das culturas, respeitando os tipos de solo e os ciclos de cultivares.

Além de seguirem as recomendações do ZARC, os produtores de soja podem realizar estudos sobre as condições climáticas de suas próprias lavouras. Para tanto, é preciso instalar estações meteorológicas na fazenda. Esses equipamentos coletam dados sobre fatores climáticos fundamentais à atividade agrícola, como volume de chuvas, temperatura e umidade do ar.

Adquira conhecimento sobre o solo da propriedade

Outros fatores preponderantes ao sucesso da atividade agrícola são o tipo e a situação do solo em que a produção de soja é conduzida. Apesar de o plantio da soja não apresentar grandes restrições quanto ao solo, alguns tipos necessitam de significativa correção química, o que implica aumento dos custos, de modo a elevar o potencial produtivo da lavoura.

Uma boa produtividade da soja é alcançada somente por meio de um correto manejo do solo. Se usarmos esse recurso de modo equivocado, podemos, por exemplo, gerar um processo de erosão ou desertificação. Contudo, para manejarmos o solo corretamente, precisamos, primeiro, conhecer as suas características, o que é possível por meio de análises laboratoriais.

Precisamos destacar também que a análise do solo da propriedade é, muitas vezes, uma exigência das instituições financeiras para a disponibilização tanto de crédito agrícola quanto de apólices de seguro rural. Ou seja, conhecer o solo da propriedade é fundamental tanto para o lado produtivo quanto para o lado financeiro da atividade agrícola.

Faça vistorias operacionais

Não só fatores externos ao produtor, mas também as variáveis climáticas que citamos, podem afetar negativamente o resultado da produção agrícola. Muitas vezes, alguns fatores internos, ligados diretamente à operacionalização do processo produtivo, podem apresentar alguma falha, impactando, assim, nos rendimentos do produtor rural.

De modo específico, podemos relacionar o risco operacional com as perdas e falhas no processo de produção de soja como um todo, desde a preparação do solo até a colheita. O risco operacional tem origem em equívocos humanos e também em falhas observadas em máquinas e equipamentos, como semeadoras, pulverizadores e colhedeiras.

Logo, é fundamental que sejam realizadas, de modo frequente, vistorias operacionais em todo o maquinário utilizado na propriedade agrícola. Fazendo isso, diminuímos a possibilidade de um mau funcionamento de máquinas e equipamentos. Outro ponto importante é o treinamento adequado dos operadores em busca de um eficiente funcionamento de todo o maquinário.

Busque entender sobre armazenagem e logística

A renda do produtor de soja também pode ser severamente afetada por riscos relacionados à armazenagem dos grãos e à logística de distribuição da produção de soja. A impossibilidade de estocagem da colheita pode levar à venda da soja por um preço menos favorável, ao passo que problemas logísticos podem resultar em aumento do custo de escoamento da soja colhida.

A capacidade de armazenagem de grãos no Brasil é menor do que o total produzido. Muitas vezes, a falta de uma unidade armazenadora é originada do alto investimento necessário para a construção de silos e armazéns. Uma solução eficiente e de custo comparativamente mais baixo é a utilização dos chamados silos bolsa.

O sistema logístico é também considerado como um dos grandes entraves para a produção nacional de soja e para a atividade agrícola de modo geral. O escoamento da produção se baseia quase que exclusivamente no modal rodoviário, e situações adversas, como a greve dos caminhoneiros de 2018, podem se transformar em grandes prejuízos para os produtores e toda a cadeia do agronegócio.

Contudo, algumas medidas podem (e devem) ser tomadas pelos produtores de soja para que eles diminuam os riscos logísticos e, consequentemente, não apresentem variação negativa em suas rendas. O investimento na capacidade de armazenagem, conforme apontado, e a diversificação no modal utilizado para o escoamento da produção são estratégias a serem consideradas.

Aposte no monitoramento constante da lavoura

Devemos deixar claro que, mesmo que o produtor siga todas as dicas elencadas, ele deve sempre realizar um monitoramento constante e aprofundado de sua lavoura de soja. Essa ação é fundamental para que se conheça, com clareza, a evolução das plantas e para que também se observe se a lavoura está sendo atacada por pragas ou insetos, por exemplo.

A ocorrência de pragas e doenças, eventos que geralmente não são cobertos pelo seguro agrícola, pode afetar a sustentabilidade do sistema produtivo e a rentabilidade do produtor rural. O monitoramento nos indica a situação da lavoura, avaliando danos e prejuízos de modo a definir quando e em que quantidade devemos aplicar o defensivo agrícola.

O monitoramento da lavoura faz parte do chamado Manejo Integrado de Pragas (MIP). Essa técnica se caracteriza como um conjunto de medidas utilizadas para otimizar o controle de pragas agrícolas, doenças e plantas daninhas. Dentre as ferramentas de controle do MIP, podemos destacar os produtos químicos, as plantas transgênicas e o manejo cultural.

Concluímos o artigo com uma certeza: a adoção das práticas citadas no decorrer do texto tem a capacidade de contribuir, de modo significativo, para o sucesso da produção de soja e a garantia da rentabilidade do produtor.

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