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Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo

Seguro agrícola

Veja as previsões para as culturas do algodão, amendoim das águas, arroz, feijão das águas, milho, soja e sorgo granífero das águas

Com informações do Instituto de Economia Agrícola de São Paulo

Para a safra de verão de grãos 2016/17 (das culturas do algodão, amendoim das águas, arroz, feijão das águas, milho, soja e sorgo granífero das águas), os resultados parciais indicam expansão de 2,3% na área cultivada (1,50 milhão de hectares) e aumento de 3,6% na produção com previsão de ultrapassar 6,22 milhões de toneladas, quando comparados com o mesmo período da safra 2015/16, sendo esperado pequeno ganho de produtividade de 0,3%.

?? o que aponta o levantamento feito pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), no período entre 1 e 25 de novembro de 2016. A estimativa foi divulgada neste mês de fevereiro.

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Algodão

A previsão para safra 2016/17 é de 3,64 mil hectares de área cultivada, redução de 24,1% em relação à safra anterior. Quanto à produção, a expectativa é que sejam colhidas 9,26 mil toneladas, que representa menor produtividade, 15,5% na comparação com a safra 2015/16.

O cultivo do algodão é realizado em apenas 7 regiões (EDRs) no estado, sendo o EDR de Avaré o principal (1,37 mil hectares); na sequência encontram-se os EDRs de Presidente Prudente, Limeira, Presidente Venceslau, Itapetininga, Itapeva e Dracena (todos abaixo de 600 hectares).

Amendoim das águas

Em 2016, houve uma redução de aproximadamente 5% na área plantada quando comparado às estimativas de intenção de plantio (setembro/2016), e de 1,2% quando relacionada à safra anterior. A retração do plantio no EDR de Catanduva (região que apresentou maior diminuição) compõe esse quadro de queda, mesmo em um ambiente marcado pela alta de preços e das exportações. Dessa forma, é possível supor que os plantios tardios da cultura possam ser identificados no próximo levantamento que deve ser concluído neste mês de fevereiro.

Arroz

Os resultados do segundo levantamento para a safra 2016/17 para a cultura do arroz (sequeiro-várzea e irrigado) é de uma menor produção com volume total a ser colhido, de 44,0 mil toneladas, 28,6% menor do que a safra passada, por conta da menor produtividade (-2,2%) e da diminuição da área cultivada (-27,0%).

A região do Vale do Paraíba (formado pelos EDRs de Guaratinguetá e Pindamonhangaba) é a principal região produtora no Estado de São Paulo e representa cerca de 60% da produção paulista.

Banana

O levantamento de novembro de 2016 para a cultura da banana é o primeiro da safra 2016/17. Comparado com a safra anterior, foram observados decréscimos de 6,7% na área total e de 4,6% na produção, com volume final esperado a ser produzido de 1,09 milhão de toneladas e aumento de 2,0% na produtividade.

No Estado de São Paulo, a cultura da banana está presente na maioria dos EDRs, sendo que a cadeia produtiva é composta principalmente por pequenos produtores. Os principais EDRs paulistas em área cultivada são: Registro com 62,6%, São Paulo 8,9%, Pindamonhangaba 5,0%, Jales 4,7% e Fernandópolis 2,6%. Não obstante, 70,3% de toda a produção estadual ocorre no EDR de Registro. A banana é a segunda fruta mais produzida no estado, ficando atrás somente da laranja. Contudo, é a fruta mais consumida in natura pela população, sendo importante e relevante na composição do Valor da Produção Estadual.

Batata das Águas

Para batata das águas, o segundo levantamento da safra 2016/17, comparado com a safra anterior, indica quedas de 17,6% na área com 6,22 mil hectares plantados, de 22,9% na produção (164,33 mil toneladas) e produtividade menor em 6,4%, sendo esperados de 26,41 t/ha a serem colhidos.

As maiores regiões produtoras estão localizadas no sul e sudoeste do estado, formados pelos EDRs de Itapetininga, Avaré, Itapeva e Sorocaba, que representam 80% da área cultivada. Para o EDR de Itapetininga (maior produtor), houve diminuição de 45% na área plantada, devido ao plantio sucessivo que causa doenças na lavoura conforme explicações dos técnicos daquela região.

Café

O primeiro levantamento subjetivo da safra paulista de café arábica (novembro de 2016) apontou uma previsão de 4,37 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado (262,37 mil toneladas) para a safra 2016/17, representando 28,0% de queda frente à estimativa de colheita final da safra 2015/16. O maior impacto dessa queda na produção foi observado no cinturão cafeeiro de Franca pela intensa bienalidade, que é fenômeno conhecido e esperado pós uma grande safra.

Porém, dois fatores podem contribuir para o incremento nos números: as condições climáticas, que têm sido favoráveis à lavoura, e as cotações em altas nos últimos meses, que favorecem o emprego de tecnologia e que poderá elevar a produtividade.

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Feijão das Águas

O segundo levantamento da safra 2016/17 aponta expansão de 26,9% na área cultivada com 69,59 mil hectares, resultado que reflete o comportamento do mercado de feijão nos últimos meses (maio a outubro de 2016), com a conjuntura de mercado com a alta dos preços em resposta a falta do produto, e tal fato pode ter contribuído na decisão dos produtores pela cultura. A produção paulista prevista é de 172,91 mil toneladas, 39,8% maior em relação à safra 2015/16 e a produtividade média esperada de 2.485 kg/ha (10,1% maior).

Milho

O levantamento aponta aumento de 2,1% na área plantada, para a cultura do milho no estado. Quando considerada a produção, as estimativas indicam aumento de 2,9%, refletindo ganhos em produtividade de 0,8%. O milho primeira safra (sequeiro) apresentou aumento de área de 2,3% e incremento de 2,9% na produção, e esse desempenho positivo ocorreu especialmente nos EDRs de Itapeva e São João da Boa Vista.

Para o milho irrigado (sistema de produção que representa 11,5% do plantio de verão), a mesma comparação indica pequena variação na área plantada, em torno de 1,0% e produção e produtividade negativas.

Soja

Somando-se as informações da soja plantio tradicional e da irrigação da safra 2016/17, as previsões iniciais de área são de 848,22 mil hectares cultivados e a produção poderá atingir 2,79 milhões de toneladas de grãos, 2% maior que a safra passada. Embora a produção paulista de soja em 2015 tenha representado apenas 3% da produção nacional, conforme indica a CONAB (2017)5, os resultados do presente levantamento acompanham as expectativas de alta para a safra brasileira alicerçadas nas exportações, no comportamento da produção de proteína animal e do mercado de óleos vegetais, bem como de produção de biodiesel.

Seringueira

Os primeiros resultados da safra 2016/17 para a cultura da seringueira indicam incremento de 5,3% na produção de coágulo em relação à safra passada, com previsão de que sejam produzidas 190,41 mil toneladas, por conta do aumento do número de pés em produção (1,9%) e da produtividade esperada (3,3%).