Pré-custeio da safra agrícola 2017/2018 recebe R$ 12 mi em investimento
O volume de crédito ofertado pelo Banco do Brasil é oriundo de captações próprias da Poupança Rural e de Depósitos à Vista
Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
O Governo Federal anunciou na quinta-feira, 19, em Ribeirão Preto (SP), a liberação de R$ 12 bilhões para o pré-custeio da safra agrícola 2017/2018, 20% a mais do que o valor destinado no ano passado à aquisição antecipada de insumos.
O anúncio foi feito em um evento com a presença do presidente Michel Temer, acompanhado do ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, e do presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli
Em seu discurso, Temer disse que encontrou o país com 12 milhões de desempregados e que foi aconselhado a ???grudar??? no agronegócio para reduzir esse número. O ministro interino da Agricultura reforçou que um a cada três empregos gerados vem da agricultura. ???Quanto mais recursos, mais emprego, mais renda???, afirmou Novacki.
O presidente também destacou ter iniciado grandes reformas que o Brasil precisa fazer e que, no caso do agronegócio, o importante é ter financiamento. ???O setor vai bem, só precisa de financiamento???, assinalou Temer.
Recursos liberados
O volume de crédito ofertado pelo Banco do Brasil é oriundo de captações próprias da Poupança Rural e de Depósitos à Vista. Os recursos estão disponíveis a médios produtores por meio do Pronamp (Programa Nacional de Apoio aos Médios Produtores Rurais), com taxas de 8,5%. Os demais produtores rurais acessam o crédito com encargos de 9,5% ao ano.
A antecipação dos financiamentos de custeio se destina a culturas da safra de verão 2017/2018, como soja, milho, arroz e café, e permite melhores condições aos produtores para o planejamento de suas compras junto aos fornecedores. Além disso, contribui para o incremento das vendas de sementes, fertilizantes e defensivos.
Paulo Caffarelli disse que dos R$ 736 bilhões que o banco tem para emprestar, 25% se destinam ao agronegócio e que esse é o segmento de menor inadimplência, de 0,96%. O presidente do BB informou que, até o fim do ano, a instituição terá mais 60 agências com engenheiros agrônomos e extensão do horário para atender ao setor.